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Mínimo Impacto Na Natureza

Mínimo Impacto Na Natureza

Para InspirarParcerias

Muito se tem falado, nos últimos tempos, sobre a importância de minimizar nossos impactos na natureza. E, se você — assim como eu — consome conteúdos sobre atividades em ambientes naturais nas redes sociais, provavelmente já recebeu uma enxurrada de informações sobre atitudes que podemos adotar para reduzir esses impactos durante nossas visitas a esses locais.

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Esse aumento de conteúdo sobre o tema tem algumas explicações. Uma delas é o número crescente de pessoas (muitas sem nenhum tipo de informação sobre o assunto) visitando áreas naturais; outra, é que nem todos se preocupam com a velha máxima de preservar para as futuras gerações. Soma-se a isso o fato de que nem todo profissional que conduz grupos nesses ambientes tem uma visão voltada para o longo prazo — uma visão que vai além de simplesmente entregar a experiência ao cliente. Ela inclui ser um agente de conscientização. Alguém que transmite conhecimento e estimula a prática de deixar o lugar ao menos como foi encontrado. E isso, por si só, já é um grande desafio.  Sabemos que sempre haverá algum nível de impacto, por menor que seja. Ainda assim, esse impacto pode ser minimizado com práticas mais conscientes, como o turismo regenerativo…, mas esse seria assunto para um outro texto.

Falar sobre o mínimo impacto na natureza, portanto, se faz necessário. É uma forma de alcançar as pessoas que estão chegando e, quem sabe, trazer um conhecimento novo até para quem acredita já saber o suficiente. Conhecimento nunca é demais — sempre há espaço para aprender algo novo.

E, se estamos falando em aprender e ensinar, estamos falando de educação. É nesse contexto que os ensinamentos do “mínimo impacto” ganham força, promovendo uma mudança de mentalidade sobre a forma como vemos e interagimos com a natureza — sem impor regras, mas por meio da reflexão. É exatamente esse o espírito da Leave No Trace (ou "Não Deixe Rastros", em tradução livre), uma das organizações internacionais mais respeitadas quando se trata desse tema, que propõe sete princípios de mínimo impacto na natureza.

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Aqui vale uma observação: o uso da palavra “princípio” não é por acaso. Princípios dizem respeito a ética e responsabilidade, ao uso do conhecimento para guiar ações, em vez da imposição de proibições. Trata-se de equilibrar conhecimento técnico, bom senso e comportamento ético para fazer a melhor escolha possível em prol do bem comum — neste caso, o ambiente natural. Estamos falando de comportamento.

“Estudos científicos destacam que o comportamento das pessoas que visitam essas áreas é o aspecto determinante na gravidade dos impactos negativos produzidos.” Esse trecho, extraído do manual de Instrutor Leave No Trace Nível 1, ministrado pela Outward Bound Brasil, deixa isso muito claro.

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Este seria o momento em que eu poderia listar aqui os sete princípios e explicar cada um deles. Mas, como disse no início, há bastante informação nas redes sobre o assunto. O que quero aqui é provocar uma reflexão. Fazer você pensar sobre suas atitudes ao visitar áreas naturais e sobre o quanto você tem sido agente de mudança para as pessoas que te acompanham nessas jornadas. E, principalmente, sobre o quanto ainda há para aprender e evoluir em relação aos seus comportamentos nesses ambientes. Afinal, é na natureza que você gosta de estar — e, sem ela, não há atividade ao ar livre.

Por isso, trago aqui os princípios, mas em forma de sete perguntas reflexivas:

- Você tem planejado bem suas atividades ao ar livre, considerando os possíveis impactos antes mesmo de sair de casa?

- Você respeita as trilhas demarcadas e utiliza locais de camping previamente estabelecidos?

- Como você gerencia o lixo que gera nas atividades — do menor pedaço de plástico aos seus próprios dejetos?

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- Você segue o mantra conhecido: “da natureza, nada se leva além de fotografias”?

- Se estiver em um local onde fogueiras são permitidas (lembrando que nas unidades de conservação no Brasil, em geral, não são), você sabe como fazê-las sem deixar rastros?

- Você conhece, respeita e sabe os impactos que pode gerar na vida selvagem dos locais que visita?

- Como você trata as outras pessoas que encontra pelo caminho?

Se alguma dessas perguntas fez você parar, refletir e se despertou aquela famosa “pulga atrás da orelha”, então há espaço para melhorar. Há espaço para reduzir ainda mais seu impacto na natureza.

Fica aqui o meu convite ao conhecimento — com uma frase inspiradora de Albert Einstein:
"A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original."

Foto 5Sérgio Espada é formado em engenharia e administração de empresas. Sua vida foi forjada pelas atividades na natureza, principalmente como montanhista e mergulhador. É hoje o produtor e idealizador do Projeto Parques Nacionais, onde produz filmes dentro das temáticas da conservação, sustentabilidade, valorização da biodiversidade e integração entre homem e o meio ambiente.  Além disso, é instrutor na Outward Bound Brasil.

Fotos: Sérgio Espada

 
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