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Mudança De Rumo? Só Se For No Mundo Online!

Mudança De Rumo? Só Se For No Mundo Online!

Para Inspirar

Em 2022 nossos objetivos de visitar os 74 parques nacionais brasileiros e divulgar essa vivência para que mais pessoas conheçam a importância das nossas unidades de conservação e busquem visitá-las para poder, como nós, ter experiências prazeirosas, ricas e transformadoras, seguem cada vez mais firmes!
 
No momento em que este post for publicado, estaremos no 20º parque nacional da nossa expedição, Araucárias, em Santa Catarina. Até hoje não houve, e provavelmente não haverá, um parque preferido, nem um preterido. São todos incríveis e singulares. Todos com sua beleza e suas questões.
 
Desde o início da expedição, há um ponto que constantemente buscamos equilibrar: o balanço online e offline; a qualidade vs quantidade. Saímos nesta expedição com um propósito, porém sem amarras, com liberdade para fazer nosso trajeto e viver no nosso tempo. Essa experiência em si já é muito rica e ainda não sabemos dimensionar seus impactos.
 
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Mas, aos poucos, fomos criando amarras, formatos, sentindo a necessidade de falar com pressa, até porque temos percebido que as questões relativas ao meio ambiente requerem urgência e temos nos aberto para ver o melhor e o pior do Brasil. Os lugares mais protegidos e os lugares que correm maior perigo ou cujo dano parece irreparável.
 
Percebemos que fomos reduzindo a frequência em hábitos que nos fazem bem, como ler, fazer yoga, andar por aí sem rumo, escrever um diário, apreciar o por do sol. Estávamos carregando algum peso desapercebido. Queríamos tornar o nosso 2022 um ano (ainda mais) leve.
 
No ritmo que empenhamos, devemos realizar nossa expedição nos 3 anos inicialmente previstos. Mantendo os padrões atuais, deveríamos capturar mais de 100 mil arquivos de mídia nesse período, entre fotos e vídeos. Por mais organizados que sejamos, será que alguém (inclusive nós mesmos) veria isso tudo algum dia?
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O custo mensal de armazenamento de mídia na nuvem pode parecer baixo, o que dá uma certa tranquilidade: "tira foto e filma, depois vê o que faz!" Mas, neste ritmo, o custo de armazenagem poderia ultrapassar os R$30 mil ao longo da vida, dificilmente pararíamos um dia para apagar fotos do passado. Seria o melhor investimento para esse dinheiro?
 
Foi então que achamos uma justificativa para todo esse volume e custo: contar histórias todos os dias, daquelas que depois de 24 horas são apagadas. Uma espécie de vício do mundo moderno, que faz com que "a gente se iluda com o telefone nas mãos achando que está próximo das pessoas". As aspas são nossas, retiradas de um de nossos diários.
 
Com acesso restrito à internet, o "trabalho" de postar 10-15 fotos consumia uma hora do nosso dia, um trabalho que sumia em 24 horas. Seria o melhor investimento para nosso tempo?
 
Além disso, as redes sociais mais acessadas demandam o tal do "engajamento": se você some uns dias, perde prioridade; se você cita alguém, aparece menos; se você não segue o "melhor horário", desaparece no "algoritmo". Ou seja, para atingir mais pessoas, você deve seguir as regras dessas redes sociais. Mas as redes sociais deveriam trabalhar para nós ou nós para elas?
 
Decidimos ajustar! Resolvemos focar naquilo que não se apaga, que perdura (como este blog). Em parar de tentar alimentar o vício (nosso e de quem acessa) de informações imediatas e superficiais para usar as redes sociais a nosso favor, com qualidade.
 
  • Decidimos focar em registros que perdurem, como voltar a escrever nossos diários, escrever neste blog e no nosso site e gravar vídeos em uma plataforma onde fiquem organizados 
  • Reduzimos ao máximo o investimento de tempo em contar histórias que somem em 24 horas, economizamos tempo e ansiedade
  • Passamos a usar as redes sociais a nosso favor: criamos um álbum de fotos com comentários de nossa vivência, compartilhado com quem quiser saber de nós ou das unidades de conservação - algo que não é apagado todos os dias
Ganhamos tempo, ânimo e leveza: passamos a conversar mais e com maior frequência sobre o que vimos e o que registramos ao final de cada dia, sem correria, sem amarras. Voltamos a ler mais, a nos exercitar e alongar, trocar mais percepções entre nós, além de criar e manter relações que queremos enriquecer.
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O meio ambiente requer ações imediatas, mas não é através de posts voláteis que ajudaremos a produzir mudanças, infelizmente. Se fosse, colocaríamos todos os nossos esforços ali. Mas tudo precisa do seu tempo, e nós precisamos de muita amplitude e profundidade neste momento da expedição.
 
Este não é um comunicado de "até logo, redes sociais", mas o compartilhamento de uma decisão sobre como decidimos usar melhor os serviços que temos disponíveis ao invés de  nos tornarmos dependentes deles. Para focarmos na qualidade e não na quantidade.
 
Aqui fica uma questão: quando as redes sociais abrirão espaço nas suas timelines para assuntos de conservação? Quando as discussões sobre o meio ambiente serão prioritárias a posts patrocinados?
 
Para onde queremos levar o mundo? Vamos deixar que os "algoritmos" das redes sociais definam por nós? Ou vamos preferir usar redes sociais que ajudem a divulgar temas relevantes e o que devemos construir para o futuro? Hoje elas estão focadas em conversão de postagem em vendas. Não poderíamos ter conversão de ideias em ações práticas?
 
Todas as fotos são dos parques nacionais de Aparados da Serra e de Serra Geral, na divisa entre os estados de RS e SC.
 
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