Lembro-me que, quando cheguei a Calama, no Chile, o Luís Felipe, que trabalhava no marketing da Globalstar me procurou. Ele pediu para eu gravar um vídeo simples (com o celular mesmo) para contar um pouco sobre a minha experiência usando o Spot Gen 3. Eu estava às vésperas de entrar no Salar de Uyuni, na Bolívia e, como eu não sou muito de gravar vídeos simples - e carregava um arsenal de equipamentos fotográficos nos alforges -, me inspirei no cenário cinematográfico do deserto de sal mais alto do mundo e escrevi um roteiro às pressas. A luz estava perfeita e o silêncio era digno de estúdio. Montei uma composição fotográfica com a bicicleta ao fundo, desfocada, enquanto me sentei em primeiro plano. Usando a minha antiga Canon 70D rosqueada a uma lente 50mm 1.8, falei com toda a minha emoção logo que a câmera começou a gravar:
"Até hoje, de todos os caminhos que eu já peguei na vida, esse, o de sair para viajar o mundo em uma bicicleta está sendo o melhor; o mais bonito e o que faz mais sentido para mim."
Eu não fazia ideia do que me esperava após editar e compartilhar aquele vídeo com a SPOT - nem dos caminhos que percorreria a partir dali.
O vídeo, que você pode assistir clicando aqui, foi o primeiro de uma longa parceria que me acompanha até hoje. Isso porque o Guilherme, diretor de marketing, me convidou para colaborar mensalmente com o canal do YouTube da Spot. Depois da Bolívia, pedalei até a Colômbia e peguei um vôo para o Oriente Médio. Atravessei a Europa de norte a sul e me encantei pela cultura e pelas altíssimas montanhas da Ásia Central. Ao final, foram 31 países e quase 28 mil quilômetros pedalados em mais de 1000 dias de viagem. E, pedalando a quase cinco mil metros de altitude através da segunda estrada mais alta do mundo - a Pamir Highway -, foi que nasceu a inspiração para escrever o meu primeiro livro: Mashallah - do Ártico à Ásia de bicicleta, um recorte desta longa viagem que durou quase três anos.
Mais que parceiros comerciais para produção audiovisual e ter a viagem rastreada, a minha história com a Spot influenciou os caminhos que escolhi num momento bem importante desta expedição. Após me embriagar com as auroras boreais na Escandinávia, precisei calibrar o meu olhar e aliviar o peso na bagagem. Deixei quase todos os meus equipamentos fotográfico e suspendi o acordo para a produção de vídeos. Recebi apoio incondicional dos meus parceiros. Conto com mais detalhes a respeito do episódio no livro.
A pré-venda de Mashallah - do Ártico à Ásia de bicicleta está rolando, basta clicar aqui.
Fiquem ligados que, na semana que vem, vou participar de uma live com o Durval, no Instagram da Spot e em breve vamos soltar com exclusividade e de forma inédita um capítulo inteiro do livro aqui no blog.
Um abraço,
Israel Coifman.