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Travessia Petrópolis-Teresópolis | Guia Prático Nattrip

Travessia Petrópolis-Teresópolis | Guia Prático Nattrip

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Antes de mais nada, pra quem não conhece a agência: Somos a Nattrip — resultado da junção das palavras Natural Trip — e existimos desde 2010. Surgimos como uma agência carioca de turismo de aventura, especializada em viagens de trekking, travessias e caminhadas de longo curso, trilhas e escaladas para destinos dentro e fora do Brasil. Aqui no SPOT Blog, iremos trazer dicas, roteiros e conteúdo técnico sobre alguns dos vários destinos em que somos especialistas. Para começar essa parceria incrível, escolhemos a Travessia Petrópolis-Teresópolis!

ANTES DE COMEÇAR…

Algumas informações interessantes para se ter em mente antes de ir pra trilha são: A melhor época do ano para fazê-la é no inverno, já que o verão é a época que mais se passa frio pelo percurso, devido às chuvas constantes. Enquanto no inverno, sendo uma estação seca, faz calor pela manhã. À noite, porém, a temperatura fica próxima de zero, mas tudo suportável com bons equipamentos.  Confira nossas dicas abaixo!

Modalidade: Caminhada de longo curso (Trekking);
Localização: Petrópolis, Teresópolis e Guapimirim (Estado do Rio de Janeiro);
Unidade de conservação: Parque Nacional da Serra dos Órgãos;
Distância Total: 28 km em trilha e 32 km considerando a partir da portaria dos parques;
Duração: 3 dias;
Nível de dificuldade: Difícil;
Tipo de Atividade: Travessia – Caminhada de longo curso onde o início e o fim são em lugares distintos;
Esforço: Pesada Superior;
Elevação máx: 2.275 m (Cume da Pedra do Sino);
Elevação mín: 936 m (Entrada da Sede do PARNASO Teresópolis);
Desnível máx: 1100 m (1º dia de caminhada);
Temperatura: Na parte alta do Parque frequentemente se aproxima de 0ºC;
Flora: Mata Atlântica;
Sinal de celular: Apenas em alguns pontos da trilha, dependendo da operadora;
Riscos: Os eventos de risco mais alto são os lances técnicos (mergulho e cavalinho), em que a transposição utiliza equipamentos de técnicas verticais. Além disso, há a ascensão no trecho chamado Elevador, feita em proteções fixas de vergalhão. Há também áreas de cume que não possuem proteção ou contenção apresentando bordas expostas;
Insolação: De 66% até 100% do caminho com exposição ao sol. Importante usar camisas de manga longa, levar filtro solar e óculos escuro, além de chapéu ou boné.

ITINERÁRIO

Dia 1: Portaria da Sede Bonfim (Petrópolis) x Castelos do Açu

Distância: 8 km | ≅ 6 horas

O primeiro dia da travessia é o mais exigente. Durante os 8 km até o abrigo do Açu sobe-se um desnível de aproximadamente 1100 metros. A trilha para os Castelos do Açú segue através de subidas fortes até a Pedra do Queijo. Após, a trilha fica menos íngreme até a chegada no Ajax — ponto de abastecimento de água. Depois disso, enfrenta-se a Isabeloca, o trecho de subida mais difícil do dia.

Vencida a Isabeloca e após cruzar o Chapadão, chega-se finalmente aos Castelos do Açu, o primeiro local de pernoite da Travessia e onde está localizado o abrigo. A vista que se tem dos Castelos em dias de céu aberto é impressionante!

Dia 2: Castelos do Açu x Pedra do Sino

Distância: 9 km | ≅ 9 horas

Nattrip Travessia Petropolis Teresopolis SPOT Blog

(Foto: Luís Felipe Sá)

O segundo dia da Travessia Petrópolis-Teresópolis é considerado o mais bonito e todo percurso é feito em uma altitude média de 2.000m. Ao sair dos Castelos do Açu, cruza-se um vale seguindo até o cume do Morro do Marco. Após descer o Morro, chega-se ao Vale da Luva e a trilha segue por trechos de lajedo de pedra até atingir o Elevador. É importante observar os totens e as setas dispostas pelo percurso — as amarelas indicam o sentido Teresópolis e as brancas o sentido Petrópolis.

O Elevador é uma escada feita de vergalhões de aço que dá acesso ao cume do Morro do Dinossauro. No cume se tem a primeira grande vista da Pedra do Garrafão e Pedra do Sino. Após descer ao Vale das Antas, a trilha segue até o cume do Morro da Baleia, local de onde se tem uma visão do paredão da Pedra do Sino e Garrafão e de onde está localizado o Cavalinho — que tem esse nome por se tratar de uma pedra que, para atravessar, é necessário fazer um movimento semelhante ao de montar um cavalo. Neste trecho o auxílio de corda e equipamentos de escalada é fundamental.

Ao cruzar o Cavalinho a trilha segue pela canaleta até contornar a Pedra do Sino e chegar a uma bifurcação que dá acesso ao cume do Sino e a descida para o Abrigo 4. A Pedra do Sino é o ponto alto da Serra dos Órgãos e da Travessia Petrópolis-Teresópolis. Do seu cume temos uma visão incrível, sendo possível avistar diversas cadeias montanhosas da região, o Rio de Janeiro, o Pico das Agulhas Negras e Serra Fina, nos dias mais claros.

Dia 3: Pedra do Sino x Sede de Teresópolis

Distância: 11 km | ≅ 4 horas

Já o terceiro dia é o menos exigente da expedição, quando a trilha segue por aproximadamente 9 km até a barragem, ponto final da travessia. Durante a descida cruza-se duas cachoeiras, onde o destaque é o Véu da Noiva de Teresópolis (com 16 metros de altura), que em determinadas épocas do ano fica seca.

A Nattrip possui saídas regulares para a Travessia Petrópolis-Teresópolis com toda logística incluída: Guia, Transporte, Alimentação, Equipamentos e Ingressos. Confira clicando aqui.

Dicas para a Travessia Petrópolis-Teresópolis 

– Para adquirir ingressos para a travessia Petrópolis-Teresópolis acesse o site do Parque Nacional da Serra dos Órgãos;
– Garanta seu ingresso antecipadamente (o número máximo de visitantes por dia na Travessia é de 100 pessoas);
– Evite peso desnecessário e monte a mochila de forma inteligente, levando o essencial, contando com situações inesperadas, mas sem exageros, e embalando os itens em sacos plásticos para otimizar o volume. Na hora de montar a mochila, pense na distribuição do peso. Esse post da Deuter mostra bem como equilibrar o peso;
– Leve agasalho suficiente e nunca esqueça o anoraque (casaco somente contra chuva) ou uma boa capa de chuva, mesmo com previsão de tempo bom. O clima pode mudar rapidamente na montanha;
– Recomendamos começar a caminhada antes das 9h da manhã, para que não corra o risco de caminhar a noite casa haja algum imprevisto e atraso;
– Existem descidas íngremes e escalaminhadas sobre pedras lisas, logo, é importante que os calçados sejam adequados para isso, voltados para trekking, ou seja, com solado firme e aderente, com “travas” para os terrenos mais instáveis, e cano médio e forte, que auxilia na proteção do tornozelo contra torções;
– Não abra novas clareiras nem faça fogueiras durante a trilha;

– Os únicos locais onde é permitido acampamento são: Abrigo do Açu e o Abrigo 4;
– Utilize um rastreador pessoal via satélite, como o SPOT Gen3, para dizer a seus amigos e familiares onde você está. Além de uma opção extra de segurança em caso de emergências.