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Até 50 – Aventura em Pico dos Marins

Até 50 – Aventura em Pico dos Marins

EsportesViagens

Surfista amador há mais de 30 anos, instrutor de mergulho autônomo e praticante de diferentes modalidades à remo e outdoor, João Castro não habita apenas o mar ou os esportes aquáticos. Treinou judô, jiu-jitsu e foi corredor de aventura. Hoje, aos 48 anos, também é autor do projeto Até 50, onde pretende cumprir uma lista de grandes desafios esportivos e viagens a lugares por onde sempre quis passar até o dia do seu 50º aniversário!

 

E o pontapé inicial desta aventura foi dado em agosto, quando João subiu o Pico dos Marins. Uma das montanhas mais altas do estado de São Paulo (2.420 m de altura) e a 26ª do Brasil. Localizada na Serra da Mantiqueira, atrai os amantes do montanhismo pela beleza da região que a cerca, proporcionando uma ampla e fantástica vista do Vale do Paraíba/SP, do sul de Minas Gerais e das serras paulistas: Bocaina, Quebra Cangalha e Serra Fina.

 

Quer saber como foi? Então confira abaixo o relato do nosso aventureiro João:

Pico dos Marins São Paulo Aventura Escalada Trilha

João no início da trilha ao Pico dos Marins

 

 

Posso dizer que foi a minha segunda experiência em montanha. Há alguns anos estive nas Agulhas Negras, durante uma corrida de aventura que participei. Depois disso, apenas a minha tentativa frustrada de fazer a Serra Fina ano passado.

 

Desta vez estava bastante seguro, bem treinado, magro, pernas fortes e encarando o Pico dos Marins como um ótimo treino para o que ainda virá pela frente: Travessia da Serra Fina, Base Camp Everest, Aconcágua e outros projetos. Fui com a amiga Patrícia Linger, atleta que conheci na corrida de aventura há muitos anos. Ela já foi guia de montanha, também no Marins, e a convidei para ir comigo.

 

Partimos de São Paulo na sexta feira, dormimos em Lorena, na casa de um médico amigo dela. Bastante cedo, já estávamos estacionando o carro na base da montanha e iniciando o trekking. Nada para se alongar, apenas aquilo que muitos já conhecem ou o que todos deviam conhecer: Paz, vento, rochas, animais, flora peculiar e pessoas subindo rumo ao topo.

 

Já chegando no cume, últimos metros, dou de cara com uma figura sentada em uma rocha, de óculos escuros, dizendo algo assim “até os 50 você chega”! Sim, lá estava ele, meu amigo carinhosamente apelidado de Lêbo, que havia me reconhecido e fez uma pequena piada, traçando um paralelo ao nome do meu projeto pessoal.

 

Depois de abraços e de sinalizar no SPOT Gen3 a conquista do meu objetivo, ele me disse que estava guiando um grupo. Por sorte encontramos com ele, pois o lugar já estava quase 100% ocupado com barracas sendo montadas e gentilmente o Lêbo nos cedeu um lugar que havia marcado. Depois da montagem da tenda e organização de tudo, começou a sessão fotos e captura de imagens brutas, para o vídeo que fizemos depois, mostrando a subida (veja o vídeo no final do post!).

 

Como é bacana esse lance de estar com pessoas que você nunca viu, em uma pequena metragem quadrada, e em poucas horas já está todo mundo se conhecendo e batendo papo! O sol se pôs, o frio veio, mas não muito forte, apenas o suficiente para me convencer a fazer a janta, comer, escovar os dentes e deitar.

 

 

IMG_9046

Na madrugada, ainda escuro, perto da hora do nascer do sol, achava que estava sonhando com o Caetano Veloso me chamando do lado de fora, mas não, era mais uma vez o “palhaço” Lebô, o meu amigo citado acima, que imita muito bem este famoso cantor, me acordando para não perder os primeiros raios de sol. Um “sofrimento” justificável. Peguei a máquina fotográfica e saí da barraca tão aflito que nem luva eu peguei.

 

Por não ser um fotógrafo ou entender o mínimo de técnicas fotográficas, não consegui trazer para a imagem o que de fato presenciei por lá! O que que foi aquilo!? Nuvens bem abaixo de onde estávamos, o laranja intenso surgindo atrás da Serra Fina, que podia ser vista de onde eu estava. Era tudo tão incrivelmente bonito que até suportei as dores nas mãos por conta do frio!

 

picoDosMarins

 

Bom, daí pra frente foi café da manhã, despedidas, troca de telefones e e-mails, convites para fazermos coisas juntos, e lá fomos nós para a descida. Foi bem mais fácil, pois o peso da mochila já estava reduzido, mas tinha que ficar atento ao joelho, parte do corpo que mais sofre neste momento e os meus já parecem um fusca velho. Os pés sofreram bastante. Tenho uma ótima bota, mas as meias, mesmo sendo apropriadas, já tinham aí seus 7 ou 8 anos de uso e com isso já não fizeram o trabalho da maneira correta. Bolhas e mais um sinal de que tenho que acertar alguns detalhes para as próximas aventuras, para os próximos desafios e destinos do projeto Até 50.

 

Estou bastante feliz com as conquistas dos meus desejos, pois o que vem pela frente será cada vez mais arriscado. Everest, Aconcágua, travessia solitária a remo entre o Brasil e Uruguai, e por aí vai… Mas, além de estar na montanha, no Marins pude me familiarizar com meus novos equipamentos de rastreamento e segurança. Com meu SPOT Gen3, pude gravar minha experiência, sentir-me seguro e gerar entretenimento para os que me seguiam em tempo real em casa. 

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