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Missão Humanitária: O Bem que Volta

Missão Humanitária: O Bem que Volta

Parcerias

Por Felipe Martins – Ambientalista, Coordenador Nacional do Departamento de Meio Ambiente da Cruz Vermelha Brasileira e Diretor de ESG da ONG ÁGUA É VIDA.

O voluntariado é uma das expressões mais nobres de solidariedade humana. Por meio dele, pessoas comuns se colocam a serviço do outro, movidas por um desejo sincero de transformar realidades e construir um mundo mais justo. Mas engana-se quem pensa que basta boa vontade. O voluntariado responsável exige preparo, sensibilidade e um olhar atento para as necessidades reais das comunidades.

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No meu início como voluntário em outras instituições, percebi o quanto é fundamental estar capacitado. Não estava emocionalmente preparado para lidar com situações tão impactantes, como ver pessoas em extrema vulnerabilidade, sem acesso à saúde, alimentação ou água potável. Foi então que busquei formação e encontrei na Cruz Vermelha Brasileira um caminho estruturado para essa missão.

Para ser voluntário da Cruz Vermelha, é necessário realizar o Curso de Formação Básica Institucional (CBFI). Nesse curso, aprendemos a história da instituição, os princípios fundamentais que nos guiam, as áreas de atuação e os diversos departamentos especializados: desde atendimento a desastres climáticos e emergências humanitárias, até ações com refugiados, primeiros socorros, saúde comunitária, juventude, meio ambiente, apoio psicossocial e muito mais. Todos os voluntários também recebem treinamento prático em primeiros socorros, o que amplia nossa capacidade de resposta em situações críticas.

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A história da Cruz Vermelha começou em 1859, quando o suíço Henri Dunant, ao presenciar os horrores da Batalha de Solferino, mobilizou moradores locais para cuidar dos feridos — independentemente de qual lado do conflito estavam. Sua experiência foi registrada no livro “Uma Lembrança de Solferino”, que inspirou a criação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e a Convenção de Genebra. Desde então, o movimento cresceu e hoje está presente em mais de 190 países, sempre guiado por sete Princípios Fundamentais: Humanidade, Imparcialidade, Neutralidade, Independência, Voluntariado, Unidade e Universalidade. Esses pilares garantem que a Cruz Vermelha atue com ética, responsabilidade e foco nas pessoas que mais precisam.

A realidade brasileira é marcada por desafios profundos. De acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar, 33 milhões de brasileiros vivem em situação de fome. Segundo o IBGE, mais de 35 milhões de pessoas não têm acesso à água potável, e quase 100 milhões vivem sem tratamento adequado de esgoto. Na educação, o cenário também é alarmante: o Brasil tem mais de 5 milhões de jovens entre 14 e 29 anos que não estudam nem trabalham, e índices de evasão escolar crescentes nas periferias e zonas rurais. São dados que, além de chocantes, nos chamam à responsabilidade.

Vivemos ainda um cenário preocupante quando falamos de saúde mental. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a depressão e os transtornos de ansiedade já são as principais causas de afastamento do trabalho no mundo. Um estudo da Gallup mostra que mais de 60% das pessoas não se sentem engajadas ou realizadas em suas ocupações profissionais. A falta de propósito, o estresse crônico e a solidão estão corroendo a saúde emocional de milhões.

É nesse contexto que o voluntariado se apresenta como uma poderosa ferramenta de reconexão. Ao abraçarmos uma causa, saímos do piloto automático, redescobrimos nosso valor e sentimos que fazemos parte de algo maior. Estudos apontam que quem pratica ações voluntárias com frequência tem níveis mais altos de bem-estar psicológico, autoestima e sensação de propósito.

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Hoje, com orgulho, atuo como Coordenador Nacional de Meio Ambiente da Cruz Vermelha Brasileira, contribuindo com projetos que abordam os impactos das mudanças climáticas, o acesso à água potável e a construção de soluções sustentáveis para comunidades em todo o Brasil. E posso afirmar com convicção: por mais que a gente vá às missões com a intenção de ajudar, quem acaba verdadeiramente impactado somos nós. É o nosso coração que se transforma. A nossa vida é que ganha sentido.

Se você também deseja ser voluntário da Cruz Vermelha Brasileira, procure a filial mais próxima da sua residência e se inscreva no Curso de Formação Básica Institucional (CBFI). Esse é o primeiro passo para começar sua jornada humanitária com preparo, ética e propósito.

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