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É possível viver no mar

É possível viver no mar

Esportes

Você acha que sonhos são impossíveis? Então feche seus olhos para entender a minha história! A água é minha casa desde sempre. Aos 8 anos aprendi a nadar e rapidamente me tornei o pesadelo dos salva-vidas do clube. Era quase impossível sair da piscina e sempre que iam me tirar por conta do horário de fechamento, eu ia mergulhando uma a uma até a saída, enquanto o salva-vidas vinha furioso e educadamente me acompanhando.

Aos 12 anos comecei a surfar, surfei o litoral paulista de norte a sul. Passava de 6 a 8 horas na água, minha família nem estranharia se um dia criasse escamas, para eles eu já não pertencia ao seu mundo e sim ao mar, mas minha maturidade marítima viria através da navegação oceânica.

SPOT Gen3 Ricardo machion

Monitoramento no mar dos atletas do Aloha Spirit Festival em Ilhabela, com o SPOT Gen3

Nunca me cansei do mar, mas enfrentá-lo com os meus próprios braços parecia algo que já não pertencia ao momento em que estava vivendo. Queria ir além, queria olhar o mar no seu âmago e dizer “não tenho medo de você, mas o respeito profundamente. Por isso me sinto tão íntimo em meio à sua fúria!”, e só uma embarcação seria capaz de me proporcionar essa experiência. Nasce então o futuro navegador oceânico, e com ele, um dos maiores desafios, abandonar minha promissora carreira de executivo para viver exclusivamente do mar.

Naquele momento, o mar seria minha menor dificuldade. Minha família foi contra, ninguém conseguia entender. O mar era sim um lugar de diversão, mas profissão? Sou formado em Marketing, com especializações nas áreas de gestão empresarial e financeira. Imagine eu, que tive uma formação super rígida e conservadora, segundo o olhar da minha família, jogar tudo para o ar para viver do mar (até rimou!). Foram muitas dificuldades, voltar praticamente ao ponto zero, estudar uma nova formação, vivenciar o dia a dia sob todas as condições necessárias, abrir mão de todo o conforto, enfrentar a resistência dos incrédulos… As palavras e opiniões não foram lá muito amigáveis. Ouvi algumas, ignorei outras e segui meus instintos.

Ao contrário do que se diz, que “mar calmo não faz bom marinheiro”, o aprendizado depende de tempo, e isso inclui longos períodos de calmaria, que também proporcionam grandes lições. Por um motivo que eu desconheço, era quando o tempo fechava que eu me sentia mais à vontade, em meio à pressão me torno um homem mais frio, o medo me faz pensar com calma para tomar decisões mais acertadas e, por consequência, me sinto mais preparado para as situações de risco. Sempre que alguma tripulação era montada para as travessias mais pesadas, lá estava eu na entrada do pier esperando o chamado, e isso me tornou um tripulante multifuncional, da roda de leme à proa, trabalho em todas as posições. Posteriormente, comecei a participar de cursos e workshops de segurança no mar, dividindo meus conhecimentos e experiências, atividades que hoje em dia completam boa parte de minha agenda.

Ricardo Machion Curso Instrutores SUP no mar

18º curso de Formação e Atualização de Instrutores de SUP

A cada experiência pude conhecer diversos equipamentos de segurança, e entre uma navegada e outra, conheci o SPOT. Primeiro por ter meu e-mail registrado no SPOT de um amigo, para que pudesse monitorá-lo em suas travessias, e acabamos criando uma corrente de navegadores que monitoram uns aos outros desde 2010, quando adquiri o meu pessoal. Nos últimos anos, passei a operar no planejamento, monitoramento e segurança dos atletas de Stand Up PaddleCanoas Havaianas e outros esportes do mar, em provas e travessias, e não existe condição extrema que nos separe, só embarco monitorado com meu SPOT Gen3!

Nos próximos posts contarei mais sobre as provas que participei, como atleta ou responsável pela segurança. Fiquem ligados para saber mais sobre a vida no mar. Obrigado pela leitura!