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Nunca foi sorte, sempre foi oração de mãe

Nunca foi sorte, sempre foi oração de mãe

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“Filha, você é maravilhosa e eu sempre soube que você pode conquistar o que quiser, e isso me enche de orgulho!! Mas obrigada, muito obrigada por postar essas fotos e vídeos depois que já está em casa… O meu coração de mãe velha, quase não aguenta. Deus te proteja sempre!! Te amo”
 

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Essa foi a frase de uma mulher que acabou de passar por duas cirurgias no coração. Foi só um dos comentários da minha mãe num Reels despretensioso que postei da primeira guiada de montanha na temporada 2024.

Quem lê isso pode até pensar que foi a primeira vez, mas cheguei na minha 6ª temporada de montanha como Guia, e o que vocês nem imaginam é que eu pratico atividades de aventura desde criança.

Minha mãe não tem pique pra me acompanhar nas minha aventuras, mas ela consegue ver com seus próprios olhos que eu sou bem planejada e junto com a SPOT vivo com mais segurança em áreas remotas. Só que… eu tenho certeza, que de todos os perrengues que eu passei batido, nunca foi sorte, sempre foi a sua oração.

Todas as vezes que eu me preparo para uma expedição, ela sempre me abençoa com sua oração. Mas também pede pra eu mandar notícias. Porém, trabalhando em ambientes naturais, nem sempre é fácil assim.

Teve um episódio em que ela viu no noticiário sobre uma tempestade que estava acontecendo em Petrópolis, nos mesmos dias em que eu me arriscava na missão de guiar uma Travessia Petro x Tere. E como eu fiquei sem sinal durante essa expedição, ela ficou sem notícias. Astuta (e protetora) que só ela, ligou para a agência que eu trabalhava na época para saber se eu estava bem. A operação da agência acompanhava nosso grupo pelo SPOT e sabiam que já estávamos no abrigo em segurança, informando minha mãe para tranquilizá-la.

Durante minha formatura do curso de escalada, eu fiz um discurso para agradecer toda sua luta para que eu fosse feliz, independente das minhas escolhas.

“Ela queria que eu usasse uma sapatilha de balé, mas eu escolhi usar a sapatilha de escalada, não muda o equipamento, só escolhi um esporte mais arriscado, agradeço por entender e apoiar”

Fiz a turma e os professores sorrirem, e ela chorar. Chorar de emoção, por estar ali na plateia assistindo mais uma das minhas conquistas. E homenageando a pessoa que mais incentiva os meus sonhos. Ela, Dona ANA, minha MÃE.

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Eu desejo do fundo do meu coração que todas as mães possam apoiar e incentivar seus filhos na busca dos seus sonhos, que provavelmente não serão os mesmos que elas sonharam, mas mesmo assim, que elas reconheçam que nossas escolhas são as nossas realizações.

Quando anunciamos nosso sonho do mochilão, ela assustada perguntava - Mas por que tanto tempo de viagem? Não pode ser uma trip de um mês só não?

Nós @elas.nasmontanhas não contávamos os perrengues por telefone, só expressamos a felicidade e as dificuldades da aventura e experiências. Acho mesmo, que se a gente contasse toda a verdade, ela pegaria o próximo voo pro nosso destino, objetivada a realizar o nosso “resgate”.

Antes do mochilão, contei a história pra SPOT que acreditou no nosso sonho e apoiou não só a aventura como também abriu espaço para nossa voz. Quando nosso SPOT chegou em casa, foi ela que ficou mais feliz e realizada, porque sentiu mais segurança nessa louca jornada.

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Foi também através do link da SPOT que ela acompanhou nossas andanças. Os lugares por onde passamos e as montanhas que conquistamos. Nos dias de trekking, ela sabia da nossa localização, e cada CHECK IN era para acalentar seu coração.

Mudamos algumas rotas planejadas por questões de segurança, Equador estava em conflitos políticos e algumas fronteiras fechadas. Não ia ser tão fácil e nem econômico chegar na Colômbia, não dessa vez. Escolhemos então voltar para terras brasileiras, atravessando a Amazônia de barco, 15 dias navegando entre Peru e Brasil, (Pucallpa x Santarém), ficamos 2 semanas imersas nas energias amazônicas, dormindo em rede, sem sinal com a humanidade. Barcos precários de tecnologias, em áreas remotas onde nem sinal existia.

Nosso único meio de comunicação foi através da SPOT, seguindo nossa localização e recebendo mensagens prontas. Ufa, um alívio pra ela.
 

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Mas vocês sabem que instinto de mãe não falha NUNCA, né? Desde que falamos pra ela dos planos, seu coração ficou inquieto, e ahhh… suas orações sempre nos protegem, tivemos ainda mais certeza depois que vivemos a noite do acidente no Peru, nosso barco se chocou com um outro barco de combustível, e eu senti que estava vivendo o Titanic no Rio Amazonas, já que perdemos nosso único bote “salva vidas”. Depois desse episódio, a única coisa que podia nos salvar era o SPOT e a oração de mãe. Realmente, nunca foi sorte, sempre foi sua oração.

Já no final do mochilão, fizemos uma surpresa para as duas mulheres que mais apoiam e incentivam nossas escolhas. Agora era a hora de realizar os sonhos delas. Compramos passagens direto para o Maranhão, alugamos um carro e fizemos juntas, a Rota das Emoções, nós quatro, Denise mãe da Nat e Ana mãe da Ju, as mães @elas.nasmontanhas.
 

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Oferecemos uma trip do nosso “jeitinho”, com direito a perrengues e realizações de sonhos. Apresentamos nosso mundo e o estilo de vida que escolhemos, passamos por lugares incríveis e tivemos a sorte de compartilhar alegrias e felicidades. Toda essa aventura é acompanhada pela SPOT, oferecendo a segurança que elas merecem.

 

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Quando voltamos pra casa, o coração gigante da minha mãe quase parou. Juntas vivemos uma outra longa jornada para cuidar da sua saúde. Mas como você é tão forte quanto sua fé e oração, aqui estamos juntas planejando as próximas aventuras. Agora, eu toda emocionada e com os olhos cheios de lágrimas, quero também emocioná-la quando você ler esse relato.
 

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Obrigada por tudo mãe, nunca foi sorte, sempre foi sua oração!